quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Carta ao Presidente da Comissão Especial Eleitoral do CFP

Abaixo vo`cês encontrarão carta endereçada a comssão ao presidente da comissão eleitoral do CFP pela representante da Chapa FORTALECER A PROFISSÃO.

Sr. José Carlos Tourinho e Silva,



Presidente da Comissão Eleitoral Especial do CFP:


Porto Alegre, 01 de setembro de 2010.


Entro em contato para deixar registrado, em meu nome e no dos membros da chapa FORTALECER A PROFISSÃO, nosso repúdio pelo modo como foi conduzido o processo eleitoral próximo passado, tanto pela Comissão Eleitoral Regular (CER), como pela Comissão Eleitoral Especial (CEE). Com relação à primeira, pelas manifestações públicas em favor da chapa 21 de parte de seu presidente, o Sr. André Leonardi. A segunda, presidida pelo colega, pela omissão no controle das ações que colocaram em suspeição a lisura do processo.


Nossa primeira denúncia se referiu ao uso de palavras desrespeitosas à nossa chapa em vídeo produzido pelo Sr. Humberto Verona, que classificou de “mentirosas” nossas afirmações sobre a ausência de um processo democrático de consulta à categoria dos psicólogos que resultou na publicação das Resoluções 08, 09 e 10/2010. A avaliação do conceito de democracia é subjetiva e não cabe qualificá-la de “mentirosa” quando em desacordo com um determinado ponto de vista. Já a qualificação de “mentirosa” é ofensa moral prevista em lei. Ainda: a ampla divulgação de material institucional do Conselho Federal de Psicologia, com espaços privilegiados de visibilidade aos componentes da chapa 21, são reveladores da manipulação do órgão pelos seus atuais representantes.


Denunciamos, também, a condução do processo pelas Comissões Eleitorais Regionais que foram parciais, criando obstáculos nos Conselhos Regionais de Psicologia de Minas Gerais e Distrito Federal (01), inclusive, questionando a inauguração da nova sede do CRP 01 (consulte o caso de Sorocaba para perceber a inconsistência). No Conselho Regional de Santa Catarina (CRP 12) os relatos são de coação, inclusive pedindo dados detalhados sobre os gastos de campanha das chapas, procedimento inusitado no Sistema Conselhos.


Nossa mais grave denúncia foi quanto à conduta do Sr. André Leonardi presidente da Comissão Eleitoral Regular. É inusitado um presidente de Comissão Eleitoral fazer propaganda explicita e pública a uma das chapas concorrentes. Nossa primeira denúncia não citava nome e não anexava provas (que informamos que dispúnhamos) porque esperávamos providências da CEE sem dar publicidade a uma conduta anti-ética de um colega de profissão, com cargo no Conselho Federal de Psicologia. Enquanto, o colega, na presidência da CEE nos solicitava o nome e as provas, o Sr. André Leonardi se afastou “espontaneamente” da CER. O mais surpreendente é que a presidente que o substituiu, M. Cristina Veras, enviou e-mails festejando a vitória da chapa 21.


Não esperávamos a ausência de competência sua na gestão do processo por omissão, com respostas as nossas denúncias, desconsiderando-as, como ocorreu por escrito, ao contrário do que aconteceu no contato telefônico. Sentimo-nos prejudicados durante todo processo. Temos ciência de que são denúncias graves, passíveis de questionamento legal. É lamentável que em um processo que poderia transcorrer com respeito e lisura, tenhamos tido a necessidade de proceder a todas essas denúncias.


Sabemos, também, o quanto um processo legal é lento e desmerece uma categoria profissional.


Eu, particularmente, como cabeça de chapa, gostaria de um contato pessoal com o colega, enquanto presidente da CEE. Estarei em Brasília de 03 a 06 de outubro próximo e estarei à disposição para agendarmos um encontro.


Atenciosamente,


Maria da Graça Jacques

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