quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Carta de Odair Sass - Análise das Eleições no CFP

Encontra-se no site da Chapa 22 -Fortalecer a Profissão que concorre às eleições do CFP que faz uma análise do processo eleitoral regatando alguns elementos históricos a partir da perspectiva de quem esteve presente, viu e participou dos fatos narrados. Ela veio a propósito da manifestação de um dos "membros históricos" do Cuidar que se tornou, nas palavras de Odair (professor da PUCSP), um "conselheiro profissional".

Vamos ao texto. Ele é muito interessante e extrememente esclarecedor.

Como um dos profissionais que contribuíram ou supõe ter contribuído, junto com muitos psicólogos e psicólogas sérios, para a democratização do Conselho Federal de Psicologia e dos Conselhos Regionais, entre os anos de 1992 e 1996, não posso deixar de registrar o que segue, diante do conteúdo da mensagem “ Sobre retrocessos, caminhar ao sabor do vento e uso de SPAMs” que recebi em meu correio eletrônico:


1) em pouco tempo, pude conviver com os profissionais das variadas correntes do pensamento e que assumiram posições políticas distintas, e encontrar muitas pessoas sérias e efetivamente empenhadas em construir um projeto democrático para as instituições da Psicologia, no país. Infelizmente, encontrei também um tipo de pessoa que, guardadas as diferenças, manifestava (e do que me é dado a ver continua a manifestar) duas características principais e típicas da personalidade autoritária ( engana-se aquele que pensa ser somente a direita habilitada a formar os dogmáticos, pois, a pseudoesquerda também detém essa habilidade): a) a manipulação pela cooptação e caso necessário pela intimidação e coação; b) pela rigidez da memória e a predileção pela mentira. Soma-se a essas características, o gosto, típico também dos autoritários pelo poder até não mais poder; é o caso de uma coleção (ainda bem que não muito extensa) de psicólogos que se mantiveram, por meios que poderíamos dizer “não ortodoxos” durante mais de 30 anos dirigindo as entidades da Psicologia, ora lá, ora cá…tornaram-se, tal qual aqueles que acusavam de “prepostos da ditadura”, em “pequenos ditadores”, em nome de que conhecem o funcionamento da “autarquia”, denominação bem ao gosto dos burocratas, em suma converteram-se em conselheiros “profissionais”.

2) ao receber a mensagem, acima referida, acerca da próxima eleição para o CFP, não pude deixar de observar que a prática dogmática e autoritária persiste. Um desses pequenos ditadores, manipulador contumaz, afirma que “Nem todos o sabem mas os Conselhos de Psicologia, diferentemente dos seus similares de outras profissões, tem a estrutura mais democrática do Brasil, o voto direto e por chapa, foi instituído contra o Colégio eleitoral que dominava já em 1995”. Sem dúvida a estrutura do CFP avançou à medida que instituiu a eleição direta por meio de chapa, ao contrário de outros conselhos que, no máximo, promovem a eleição direta para o cargo de presidente, por exemplo. No entanto, o que é de estranhar, do excerto acima transcrito, extraído da mensagem que recebi, é a consideração de que “Nem todos sabem…”, proferida, por um contumaz falastrão, quase quinze anos depois de uma gestão voltada para cuidar da profissão não tenha cuidado do processo elementar de informar, com rigor, a todos os profissionais os avanços obtidos pela categoria dos psicólogos.

O que esse conselheiro profissional omite, por motivos que desconheço mas presumo, é que ele presidia o VIII Plenário do CFP, isto é, exatamente plenário que era contrário às eleições diretas “da autarquia”, como gostava de vociferar ele.

Para ler o restante do texto clique aqui

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