quinta-feira, 6 de maio de 2010

Declaração de Propósito

Nossa proposta se pauta em uma agenda positiva, política apartidária, sem cristalizações autoritárias de lideranças e contra a consolidação de formas autocráticas de tomada de decisão. Nosso objetivo é permitir a descentralização e alternância nos espaços de gestão e promover o aprimoramento democrático do Sistema Conselhos de Psicologia.

Entendemos que o Conselho de Psicologia é um espaço público, cuja principal finalidade consiste em servir à sociedade através do exercício profissional digno e sério. Entendemos que a coisa pública tem que servir aos interesses sociais comuns e não devendo ser apropriada por grupos na realização de projetos políticos particulares, por isso mesmo que uma conduta ÉTICA é a única opção aceitável.

Entendemos ser do interesse do Psicólogo e da sociedade que o exercício profissional se dê a partir de uma formação (qualificação) de boa qualidade; que os instrumentos técnicos e teóricos do profissional sejam válidos, respeitados e estejam em constante aperfeiçoamento para melhor atendimento das necessidades e demandas profissionais e sociais; que as habilidades e competências profissionais sejam utilizadas em sua máxima amplitude e capacidade como forma de colaboração à superação dos mais variados problemas sociais; que os profissionais tenham as melhores condições possíveis para o adequado exercício profissional; e que os profissionais tenham condição de subsistência dignas para si e os seus assegurados pelo pleno exercício da profissão que escolheram.

Propomos uma gestão para o Conselho Regional de Psicologia que contemple as diversas matrizes de pensamento que constituem a Psicologia, sem privilégios a uma ou a outra dessas matrizes e sem grades que cerceiem o pensamento discordante. Propomos uma gestão que aposte na coerência entre o discurso e a forma de ação. Uma gestão que respeite, que não descarte pessoas e idéias porque divergentes. Uma gestão que não ignore coletivos e instâncias de poder/saber no espaço da Psicologia. Uma gestão que agregue os psicólogos e seus coletivos, assegurando a representatividade e a legitimidade de ações do Conselho de Psicologia. Uma Gestão PLURAL.

Propomos ainda uma gestão que, não se afastando dos seus compromissos de ação e transformação social e que respeitando os aspectos de ciência e profissão que tão profundamente marcam o saber/fazer psicológico, esteja voltada para a realidade cotidiana do exercício profissional.

Sabemos que não estamos sós. Comungamos dos mesmos propósitos e ideais de muitos colegas nossos na Bahia, em Sergipe e por todo o Brasil. Assim, imbuídos da convicção de que nossa proposta tem respaldo na categoria e pautados pelos compromissos acima expressos, é que nos apresentamos para disputar a eleição do CRP/03 em Agosto próximo.

Um comentário:

  1. Caros,
    Esta apresentação de motivos para a formação da chapa à eleição do conselho me suscitou uma questão que quero compartilhar:
    O conselho é uma instância fiscalizadora do exercício profissional a qual nos dedicamos, sendo assim independente do grupo que ocupe o espaço administrativo, acredito que seja necessária uma participação dos demais profissionais nas tomadas de decisão e interlocução com estudantes e sociedade civil organizada. Contudo, o que acompanho no conselho é uma falta de engajamento por parte principalmente dos profissionais e estudantes para discordar, requerer soluções, etc. O que assisto são apenas críticas sem proposições e participações, digo isso não num período eleitoral, mas no cotidiano das gestões. Então me questiono em que medida essas propostas foram elaboradas numa análise da conjuntura atual do conselho? Se as propostas surgem desta análise qual foi a participação de vocês para ir de encontro a isso nesse período da última gestão? Já que, parafraseando vocês,
    “Entendemos que o Conselho de Psicologia é um espaço público” onde estiveram vocês que assistiram a isto acontecer sem exercer o direito de vocês de reivindicar?
    Por fim, quero ressaltar que minha colocação vem no sentido de questionar em que medida nossa conduta, das (os) psicólogas (os), têm sido realmente ética.

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