quarta-feira, 26 de maio de 2010

Novos Psicólogos

do Jornal Zero Hora

Troca de experiências com outros profissionais pode ajudar no começo da carreira

Qual profissional recém-formado não se sentiu, por um momento que seja, desamparado após o fim do vínculo com a universidade? Aquela segurança de estar em uma instituição de ensino cheia de professores e departamentos de apoio desaparece no momento em que o diploma é entregue, é a hora de correr atrás da carreira. Um exemplo de como essa insegurança pode ser superada vem do Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul (CRPRS), em Caxias do Sul. É o Grupo de Trabalho Novos Psicólogos, realizado desde janeiro de 2008 naquela subsede do conselho.

– Acompanhamos os egressos do curso de Psicologia nos primeiros seis meses, em encontros mensais. Tem sido muito bom para percebermos as dúvidas que eles têm e também para fortalecer a categoria, aproximando-os do conselho – afirma uma das coordenadoras do grupo, a psicóloga Luciana Salvador, 28 anos.

Segundo ela, tem sido uma chance para os novos profissionais buscarem informações sobre outras áreas da psicologia que não puderam ser abordadas durante o curso. O resultado é uma rede de contatos que continua mesmo depois de finalizadas as reuniões, com troca fequente de e-mails entre os psicólogos.

Psicologia forense é campo novo

Uma das recém-formadas que integraram o grupo, Mônica Klanovicz, 25 anos, acabou juntando-se a Luciana no projeto. Ela vê a dúvida sobre o que fazer depois da faculdade como recorrente entre os jovens psicólogos. Por isso, o grupo acaba direcionando-se para explicar melhor o que se pode fazer em cada área.

– É uma troca muito bacana que se faz. Durante a graduação, é preciso seguir o currículo, você tem um caminho obrigatório. Muitas vezes, aquele tema que mais se gosta acaba não sendo bem visto. Pode estar ali o que realmente se quer fazer na carreira – conta Mônica.

Coordenador do curso de Psicologia, em Canoas, da Universidade Luterana do Brasil, Luís Fernando Zambom destaca que a tendência é as graduações serem cada vez mais generalistas, oferecendo visão ampla da profissão. A especialização se dará, segundo ele, após a formatura.

– Isso não era tão forte algum tempo atrás. Havia uma tendência de valorizar mais a área clínica, a atuação em consultórios. Hoje, há campos novos como a psicologia forense, que auxilia vítimas com bloqueios emocionais a recuperarem memórias sobre o crime – diz Zambom

Nenhum comentário:

Postar um comentário